Crescei e Multiplicai-vos

Em Gn 1.28 encontramos a primeira bênção de Deus ao homem, juntamente com sua primeira ordem: “Crescei e multiplicai-vos”. Apesar de que essa ordem é unanimemente entendida em termos biológicos, gostaria aqui de acrescentar o seu valor espiritual.

Quando Deus criou o homem e ordenou sua multiplicação, tinha um propósito além da simples povoação da terra. Ele queria que os descendentes de Adão também O conhecessem. Não somente a raça humana deveria se multiplicar, como também o conhecimento desses homens a respeito de Deus.

Assim, com Abraão vemos essa multiplicação em termos mais extensos que apenas o biológico. Através de Abraão o conhecimento a respeito de Deus deveria ser multiplicado às demais nações, e assim elas seriam abençoadas e benditas (Gn 12.2,3). Isso é reafirmado e estendido por Jesus em Mc 16.15 e At 1.8.

Mas o que é crescer (no aspecto espiritual)? Resumindo, Paulo responde que é o desenvolvimento do crente em Cristo (Ef 4.15,16), através das observâncias das doutrinas apostólicas (Ef 2.20,21), da prática do amor (1 Tss 3.12) e, conforme diz Pedro, na graça e conhecimento de Jesus Cristo (2 Pe 3.18). De qualquer forma, esse crescimento somente é possível através de Deus (1 Co 3.6; Cl 2.19).
Entretanto, o crescimento não é um fim em si mesmo. Jesus ensina que todo ramo deve dar fruto (Jo 15.1,2), e assim somos nós. Enquanto crentes devemos crescer na fé a fim de frutificarmos, multiplicarmos.
Jesus discipulou doze homens com o fim de que eles multiplicassem as suas palavras (Mt 28.19,20). Essa multiplicação ocorrida no decorrer da história chegou a nós, as boas sementes plantadas por Cristo (Mt 13.38). Mas visto que essa semente já brotou e cresceu, devemos perguntar: “como anda a multiplicação hoje?”.
Atentemos ao fato de que um dos comprovantes de nossa salvação são os frutos que geramos. As boas sementes de Deus não são estéreis, mas frutíferas que produzem a trinta, sessenta e cem por um (Mt 13.8).
Essa foi a forma do crescimento da Igreja Apostólica (At 9.31; 12.24; 19.20) e deve também ser o nosso! Que a cada ano, os nossos frutos possam abundar em novas sementes!

Rev. Marcos Maurício Hostins

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