A INDEPENDÊNCIA DESTRUTIVA

“Ai dos filhos rebeldes, diz o Senhor, que executam planos que não procedem de mim e fazem alianças sem a minha aprovação, para acrescentarem pecado sobre pecado” (Is 30.01)

Desde que o povo de Israel foi liberto do Egito sempre houve em sua história momentos de instabilidade religiosa e espiritual. Logo na saída do cativeiro, Deus várias vezes demonstrou indignação contra seu povo por causa da incredulidade e da dureza de coração que eles demonstravam.

Nesse momento narrado por Isaías, Israel estava sob ameaça do império Assírio, sob as ordens de Senaqueribe (Is 36). O reino do norte já havia sido derrotado e levado ao cativeiro, espalhado por outras regiões, deixando de existir. Com medo do poderio Assírio, os líderes judeus buscaram firmar um acordo com faraó, seu antigo opressor, ignorando Aquele que outrora os havia libertado da escravidão egípcia.

Essa atitude é colocada por Deus como “rebeldia”. Primeiramente porque não buscam ou consultam ao Senhor para a tomada de decisões: “que fazem planos que não procedem de mim”. Estavam cometendo o erro a que Salmomão já havia exortado em sua poesia, ao dizer: “O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do SENHOR.” (Pv 16.01)

Além disso, estavam fazendo acordo com o inimigo, em vez de buscar refúgio na Rocha de Israel. A isso, Deus caracteriza uma potenciação de pecado: “acrescentam pecado sobre pecado”.

Enfim, Deus está não apenas reclamando, mas expondo o pecado da independência do seu povo em relação ao seu Deus. Um povo que pertence a Deus, não pode decidir seu futuro à parte do seu Senhor.

Quantas vezes incorremos nos mesmos erros. A nós mesmos nos reconhecemos como servos do Senhor, mas diariamente decidimos nossos planos e projetos à parte d’Aquele que dizemos nos submeter.

Deus quer que nossa submissão a ele seja completa, fiel e integral. Como também exortou Tiago: “Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal e lá passaremos um ano, e negociaremos e teremos lucros [...]Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isso ou aquilo” (Tg 4.13,15).

Uma vida independente de Deus, insubmissa à sua direção, apenas projeta destruição, tristeza e arrependimentos. Que Deus nos livre de nós mesmos!

Pr. Marcos M. Hostins