SEM PÉS NEM MÃOS...

Como todos sabem ocorreu um desastre em São Luiz do Piraitinga, no vale do Paraíba, no qual vários imóveis foram danificados e destruídos pela enchente, incluindo os templos das igrejas católicas. O que chamou a atenção foi a exibição do Jornal Nacional nesta quinta-feira, relatando que foi encontrado entre os destroços a imagem do padroeiro da cidade, São Luíz de Tolosa, “mesmo sem os pés e as mãos”, o que foi festejado com alegria e comoção pelos fiéis católicos dali. Isso me fez pensar sobre a infeliz realidade da falsa fé daqueles moradores de lá.
Sem os pés e as mãos, está aleijada aquela imagem. Enquanto isso, seus adoradores e veneradores são aleijados da verdadeira fé, que os impede de caminhar em direção a Deus, de poder tocar-lhe nas vestes, ou mesmo visualizá-lo em sua exclusiva glória.
Sem os pés e as mãos, soterrado pela lama da enchente, donde por si mesmo não pôde sair. Da mesma forma, seus adoradores se encontram no lamaçal do pecado, no lamaçal da idolatria, da cegueira espiritual.
Sem os pés e as mãos, erguido pelas mãos do sacerdote, como que tentando alcançar os céus pelas mãos humanas. Entretanto, não sabe ainda o velho vigário, que só pode sair do afogamento das águas, quem é puxado pelo Senhor, como o foi Pedro.
Sem os pés e as mãos, o que apenas demonstra a incapacidade desses ídolos, de se locomoverem, e de necessitarem de ajuda daqueles que, rezando, lhes pedem auxílio.
São “santos que não se salvam”, e, tampouco, são capazes de salvar seus adoradores.
Rev. Marcos M. Hostins
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