VIDAS EM CONTRADIÇÃO

"Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial.” (Mt 05.48)

Uma pessoa observadora e que possua um senso crítico satisfatório, poderá perceber que vivemos num mundo envolvido completamente por um mar de contradições em todas as esferas da sociedade.
Por exemplo: na televisão, ao meio-dia ouvimos noticiários e reportagens que alertam sobre os riscos da gravidez na adolescência e o triste futuro que espera essas pobres crianças; e logo em seguida, visualizamos a exploração da imagem erótica entre os adolescentes como um atrativo à publicidade e ao público das novelas e filmes.
Ouvimos também todos falarem de paz, ao mesmo tempo em que defendem a guerra. Escutamos o clamor da defesa à instituição familiar ao mesmo tempo que enxergamos o esforço para aprovação de leis em favor da união homossexual.
E em todas essas coisas e tantas outras, somos levados pela mídia a defender conceitos e argumentos que são contraditórios ao mesmo tempo, sem percebermos que estamos sendo levados por vários lados, como que envolvidos por um furacão de ideologias e pecados.
E a igreja acaba não se afastando desse furacão. Paulo, por exemplo, exortou e admoestou a Igreja de Corinto contra o alto nível de imoralidade que havia entre os crentes dali (a ponto de um filho possuir a mulher do pai cf. I Co 5.1), ao mesmo tempo em que essa igreja se gabava por ser altamente espiritual.
Jesus, também, exortou que muitos viveriam uma vida contraditória de falsa piedade sendo como lobos vestidos de ovelhas (Mt 7.15).
E, hoje em dia não é difícil encontrarmos a contradição dentro das portas da casa do Senhor. Muitos daqueles que abrem suas bocas para reclamar e murmurar, não possuem a mesma coragem de usar sua voz para pregar o evangelho. Outros que reclamam de uma igreja fria, não dão testemunho de uma vida incendiada pelo Espírito Santo.
Assim, a exortação de Jesus no Sermão do Monte (Mt 5-7) é que não sejamos como os fariseus que tinham como marca de vida, a contradição. Pois, o ideal do Pai celeste para seus filhos, é que esses sejam perfeitos inflexíveis na verdade, imutáveis no exercício da justiça e irrepreensíveis em todas as obras.

Rev. Marcos M. Hostins

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