Vidas Cinzas


“Fiquei semelhante ao pó e à cinza”
(Jó 30.19b)

Um certo dia, quando morava ainda em Porecatu, percebi principalmente nos cantos da áreas de nossa casa um evento costumeiro nos municípios onde há usinas canavieiras: o tempo das cinzas. Esses flocos negros de restos canaviais vão se adentrando em nossos lares, nas frestas das janelas, se acumulando em todos os cantos possíveis e sujando tudo o que anteriormente estava limpo.
Isso sem falar do fato de que estamos nos referindo apenas aos efeitos nocivos desses flocos visíveis, sem citar aquelas cinzas já diluídas que penetram em nossos organismos, e não percebemos os malefícios que podem nos surgir disso.
Assim também é a vida espiritual de muitas pessoas: cinzas... apenas cinzas! Isso tanto no aspecto físico, quanto da cor. Quanto ao aspecto físico, Paulo fala que todas as nossas obras para o reino de Deus, serão passadas pelo crivo do fogo do Espírito Santo (1 Co 3.11-15). Infelizmente alguns crentes terão ao fim do julgamento de suas obras, apenas as cinzas dos materiais perecíveis com que construíram a obra de Deus. Serão salvos com cinzas nas mãos!
Por outro aspecto, alguns crentes vivem suas vidas com uma matiz estranha: o cinza! O cinza não é preto nem branco e muito menos colorido. E assim, esses, demonstram um cristianismo sem graça, sem vida, sem atrativo, que contrasta com a vivacidade de cores com que o apóstolo João descreve a glória eterna na qual deveremos habitar (Apocalipse 21).
Essas cinzas espirituais, assim, vão adentrando na vida dos crentes, sujando sua santidade, tirando o brilho da felicidade cristã e se acumulando nos vasos que deveriam estar cheios do óleo do Espírito Santo.
Não nos contentemos com as cinzas nas nossas vidas. Deus nos quer brilhando, reluzindo a Sua glória!
Brilhemos para o Senhor!

Rev. Marcos Maurício Hostins

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